6 de mai. de 2017

Resenha: A Menina que Roubava Livros



Título: A Menina Que Roubava Livros
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 480
Nota: 💗💗💗💗💗/5 (+ livro favorito)

Sinopse: Ao perceber que a pequena Liesel Meminger, uma ladra de livros, lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. A mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade. A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História.


Resenha: Esse é um daqueles livros que você deveria ter na sua estante para ler sempre que tiver vontade, pois a história é emocionante. Talvez, eu seja meio suspeita para indicar ele já que sou apaixonada pela Alemanha, fascinada pelo período da história em que se passa a narrativa e amante de livros bem escritos, mas acho que tenho algum crédito para indicá-lo.

'É só uma pequena história, na verdade, sobre, entre outras coisas:
Uma menina
Algumas palavras
Um acordeonista
Uns alemães fanáticos
Um lutador judeu
E uma porção de roubos.'

Uma história narrada pela morte, que se passa em plena segunda guerra mundial e com uma menina que descobre um lugar especial nos livros. Tem como não gostar? Minha resposta seria não! Você se encanta pela história, pelos personagens e pode acabar virando fã do autor.

‘’ Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler.’’

Talvez essa frase seja a maior verdade dita no livro, você realmente tem que parar para ler essa história e descobrir como a morte é uma grande e surpreendente narradora, além de ser sagaz e uma pessoa (será mesmo pessoa o termo certo?) que sabe como usar frases de efeito. Logo no início do livro ela anuncia: '' eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As" e prova isso tudo durante a narrativa. A nossa narradora encontrou a menina que roubava livros três vezes e em todas ela a garotinha conseguiu tapeá-la.

A história da Liesel - que é um daqueles nomes que você passa o livro inteiro tentando pronunciar de forma correta e não consegue - se passa na Alemanha nazista e começa quando ela tem apenas 10 anos e rouba seu primeiro livro, no enterro do seu irmão.  Mesmo não sabendo ler, a menina o leva consigo para seu novo lar, já que o mesmo vira uma espécie de ligação entre ela e sua família biológica. Quando chega a rua Himmel, que será seu novo lar, nossa roubadora de livros vai morar com Hans, um pintor aposentado, tocador de acordeão e com sua mulher, Rosa, que é lavadeira, impaciente e resmungona. Além deles, Liesel conviverá com Rudy, Hans e sua nova vizinhança de Molching.

O livro é dividido em duas partes. Durante a primeira, Liesel está se adaptando a sua nova vida enquanto joga futebol com Rudy. ajuda sua "mamãe" a lavar roupas e aprende a ler com seu "papai" Hans. Não acontece nenhum evento que afete realmente a rotina dos personagens e talvez você tenha vontade de largar o livro, mas , por favor, não faça isso. Continue lendo e você chegará na segunda (e talvez a melhor) parte.

Já na segunda parte, a história começa a engatar e a ficar melhor. O nazismo começa a fazer parte cada vez mais da vida de Liesel e sua família, que não concordam com as ideias de Hilter e muito menos com seu antissemitismo. Entretanto, é por causa dessa perseguição que a menina conhece Max Vandenburg, um judeu que acaba se escondendo em seu porão e virando um bom amigo da roubadora de livros. A partir daí, a história começa a desenrolar de uma forma mais convidativa ao leitor e prendendo a sua atenção.

Em meio à jogos de futebol e idas a casa do prefeito, Liesel nos encanta, aprende a ler, descobre o que é amizade verdadeira, nos faz odiar Hitler e rouba livros (dã, Larissa!). Além disso, Max, Hans e Rudy tornam-se personagens por quem o leitor provavelmente vai se encantar, amar e torcer a cada aventura. Markus nos ensina a amar cada personagem, a apreciar cada momento e descobrir que a Morte é uma ótima narradora. Ademais, constrói uma trama envolvente com um cenário intrigante e abordando de forma inteligente (e inovadora) um fato triste da História da Humanidade.

Por @Larissa

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