Título: A Menina Que Roubava Livros
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 480
Nota: 💗💗💗💗💗/5 (+ livro favorito)
Sinopse: Ao perceber que a pequena Liesel Meminger, uma
ladra de livros, lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas
pegadas de 1939 a 1943. A mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel
e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a
adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro
que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai
surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela
ainda não sabe ler. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão
das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que
lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel
canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os
furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade. A vida ao redor é a
pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela
assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a
dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um
garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no
porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela
História.
Resenha: Esse é um daqueles livros que você deveria ter na sua estante para
ler sempre que tiver vontade, pois a história é emocionante. Talvez, eu seja
meio suspeita para indicar ele já que sou apaixonada pela Alemanha, fascinada
pelo período da história em que se passa a narrativa e amante de livros bem
escritos, mas acho que tenho algum crédito para indicá-lo.
'É só uma pequena
história, na verdade, sobre, entre outras coisas:
Uma menina
Algumas palavras
Um acordeonista
Uns alemães
fanáticos
Um lutador judeu
E uma porção de
roubos.'
Uma história
narrada pela morte, que se passa em plena segunda guerra mundial e com uma
menina que descobre um lugar especial nos livros. Tem como não gostar? Minha
resposta seria não! Você se encanta pela história, pelos personagens e pode
acabar virando fã do autor.
‘’ Quando a morte
conta uma história, você deve parar para ler.’’
Talvez essa frase
seja a maior verdade dita no livro, você realmente tem que parar para ler essa
história e descobrir como a morte é uma grande e surpreendente narradora, além
de ser sagaz e uma pessoa (será mesmo pessoa o termo certo?) que sabe como usar
frases de efeito. Logo no início do livro ela anuncia: '' eu sei ser animada,
sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As" e prova isso
tudo durante a narrativa. A nossa narradora encontrou a menina que roubava
livros três vezes e em todas ela a garotinha conseguiu tapeá-la.
A história da Liesel
- que é um daqueles nomes que você passa o livro inteiro tentando pronunciar de
forma correta e não consegue - se passa na Alemanha nazista e começa quando ela
tem apenas 10 anos e rouba seu primeiro livro, no enterro do seu irmão.
Mesmo não sabendo ler, a menina o leva consigo para seu novo lar, já que o
mesmo vira uma espécie de ligação entre ela e sua família biológica. Quando
chega a rua Himmel, que será seu novo lar, nossa roubadora de livros vai morar
com Hans, um pintor aposentado, tocador de acordeão e com sua mulher, Rosa, que
é lavadeira, impaciente e resmungona. Além deles, Liesel conviverá com Rudy,
Hans e sua nova vizinhança de Molching.
O livro é dividido
em duas partes. Durante a primeira, Liesel está se adaptando a sua nova vida
enquanto joga futebol com Rudy. ajuda sua "mamãe" a lavar roupas e
aprende a ler com seu "papai" Hans. Não acontece nenhum evento que
afete realmente a rotina dos personagens e talvez você tenha vontade de largar
o livro, mas , por favor, não faça isso. Continue lendo e você chegará na
segunda (e talvez a melhor) parte.
Já na segunda
parte, a história começa a engatar e a ficar melhor. O nazismo começa a fazer
parte cada vez mais da vida de Liesel e sua família, que não concordam com as
ideias de Hilter e muito menos com seu antissemitismo. Entretanto, é por causa
dessa perseguição que a menina conhece Max Vandenburg, um judeu que acaba se
escondendo em seu porão e virando um bom amigo da roubadora de livros. A partir
daí, a história começa a desenrolar de uma forma mais convidativa ao leitor e
prendendo a sua atenção.
Em meio à jogos de
futebol e idas a casa do prefeito, Liesel nos encanta, aprende a ler, descobre
o que é amizade verdadeira, nos faz odiar Hitler e rouba livros (dã, Larissa!).
Além disso, Max, Hans e Rudy tornam-se personagens por quem o leitor
provavelmente vai se encantar, amar e torcer a cada aventura. Markus nos ensina
a amar cada personagem, a apreciar cada momento e descobrir que a Morte é uma
ótima narradora. Ademais, constrói uma trama envolvente com um cenário
intrigante e abordando de forma inteligente (e inovadora) um fato triste da
História da Humanidade.
Por @Larissa
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