20 de fev. de 2017

Resenha: À Procura de Audrey




Título Original: Finding Audrey
Autora: Sophie Kinsella
Editora: Galera Record 
Páginas: 336 
Skoob: Adicione
Onde comprar: sites confiáveis -> Travessa, Amazon, Saraiva
Nota: 💖💖💖💖💖/5 (+ listinha de favoritos)

Sinopse: Audrey, 14 anos, leva uma vida relativamente comum, até que começa a sofrer bullying na escola. Aos poucos, a menina perde completamente a vontade de estudar e conhecer novas pessoas. Sem coragem de sair de casa e escondida por um par de óculos escuros, a luz parece ter mesmo sumido de sua vida. Até que ela encontra Linus e aprende uma valiosa lição: mesmo perdida, uma pessoa pode encontrar o amor.

Opinião: Quem me conhece sabe muito bem que eu sou fã da Sophie Kinsella e não escondo isso de ninguém. O gênero chick-lit é um dos meus favoritos e as histórias da autora em questão contribuíram muito para isso; justamente por essa obsessão para com ela eu fiquei bastante curiosa quando vi que a Sophie ia se aventurar no Young Adult e fui atrás dessa história.

Bem, À Procura de Audrey (como eu já citei) é a primeira experiência da Kinsella no gênero YA e traz a história da Audrey, uma menina de 14 anos que sofreu alguma espécie de bullying na escola e como consequência desse acontecimento desenvolveu transtorno de ansiedade social, transtorno de ansiedade generalizada e passou a ter episódios depressivos além de tomar remédios controlados, passou a usar óculos escuros até mesmo dentro de casa e a não querer fazer contato visual com mais ninguém. Além disso, a jovem começou a ir ao psicólogo e essas consultas são as únicas coisas que fazem ela sair de casa.

 A Audrey vive com seu pai, sua mãe que é a louca seguidora dos dizeres do Daily Mail, seu irmão Frank (de 15 anos viciado em um jogo) e seu pequeno irmão Felix, de 4. Entretanto, depois do acontecimento que a atirou do colégio e a colocou nessa vida, ela passa a ter muita dificuldade em se relacionar com as pessoas e até mesmo em estar na presença delas. E é por isso, que ao longo do tratamento e do livro, sua psicóloga estimula ela a cumprir pequenas tarefas para conseguir retomar a sua vida como ir ao Starbucks e fazer um documentário sobre a sua família. E é no meio disso tudo que aparece o Linus, amigo do Frank, que aos poucos consegue se aproximar da Audrey. A Audrey começa a perceber que pode voltar a viver e, principalmente, ter sentimentos complexos e interessantes como amor.

O livro como um todo é bem legal. Os personagens são ótimos e como sempre a Sophie Kinsella consegue arrancar umas risadas mesmo que o teor da questão seja um pouco mais pesado. Todavia, o que me cativou foi a forma como ela retratou a questão, a Audrey e a vida de uma pessoa que possui transtornos psicológicos e a família dela. A autora consegue fazer você refletir sobre tudo isso de uma forma bem interessante e com sensibilidade.

Outro ponto que eu destaco ainda nesse quesito me cativou foi a maneira como ela desenvolveu a personagem da psicóloga. Sério, eu vejo muitos livros e filmes com os psicólogos sendo taxados de frios, “vilões” e até mesmo como uma pessoa má, mas nessa história não tem nada disso. Na verdade, eu vi a minha psicóloga na psicóloga da Audrey e talvez seja por isso que eu gostei tanto dela.

Como alguém que sofre com transtorno de ansiedade generalizada, eu me identifiquei bastante com a história e com a Audrey e fiquei extremamente tocada com a evolução da personagem e os acontecimentos pelo quais ela passa e passa muito bem. Eu precisava ler algo assim e isso me fez muito bem. Assim, eu sou só elogios a esse livro que eu queria ler desde a bienal de 2015, mas só na Black Friday de 2016 que finalmente consegui comprar esse tão desejados.

No mais, a capa é simples e linda, Sophie Kinsella nunca erra e eu fico com aquele gostinho de quero mais Kinsella escrevendo Young Adult sim. É claro que eu recomendo o livro e dou cinco corações além de adicionar a minha listinha de preferidos.

Por @Larii

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