Título original: Killing Sarai
Autor(a): J. A. Redmerski
Número de Páginas: 255
Editora: Suma de Letras
Nota: 💘💘💘💘💘/5 (+ listinha de
favoritos)
Sinopse: Sarai era uma típica adolescente
americana: tinha o sonho de terminar o ensino médio e conseguir uma bolsa em
alguma universidade. Mas com apenas 14 anos foi levada pela mãe para viver no
México, ao lado de Javier, um poderoso traficante de drogas e mulheres. Ele se
apaixonou pela garota e, desde a morte da mãe dela, a mantém em cativeiro.
Apesar de não sofrer maus-tratos, Sarai convive com meninas que não têm a mesma
sorte.
Depois de nove anos
trancada ali, no meio do deserto, ela praticamente esqueceu como é ter uma vida
normal, mas nunca desistiu da ideia de escapar. Victor é um assassino de
aluguel que, como Sarai, conviveu com morte e violência desde novo: foi
treinado para matar a sangue frio. Quando ele chega à fortaleza para negociar
um serviço, a jovem o vê como sua única oportunidade de fugir. Mas Victor é
diferente dos outros homens que Sarai conheceu; parece inútil tentar ameaçá-lo
ou seduzi-lo.
Em “A Morte de Sarai”,
primeiro volume da série Na Companhia de Assassinos, quando as circunstâncias
tomam um rumo inesperado, os dois são obrigados a questionar tudo em que pensavam
acreditar. Dedicado a ajudar a garota a recuperar sua liberdade, Victor se
descobre disposto a arriscar tudo para salvá-la. E Sarai não entende por que
sua vontade de ser livre de repente dá lugar ao desejo de se prender àquele
homem misterioso para sempre.
Resenha: Killing Sarai foi o primeiro livro que li da autora e foi o
que me fez virar fã da escrita da J. A. Redmerski. Senti que depois de
praticamente cinco anos sendo fã da série, eu tinha como obrigação fazer uma
resenha. Então, finalmente chegou esse dia e lá vamos nós. Ah, peço perdão
desde já caso alguém encontre algum spoiler, mas a minha intenção aqui é lançar
totalmente a minha opinião sobre esse livro e essa série. Então, vamos perdoar
a Larissa.
A Morte de Sarai é o primeiro livro da série Na Companhia de
Assassinos (In the Company of killers, em inglês) e vai nos contar um pouco da
história da Sarai, como o próprio título já diz. Sarai é uma americana que com
14 anos foi entregue a Javier, um traficante de drogas, e, desde então, vive em
uma fortaleza no meio do deserto. A jovem esqueceu totalmente o que é ter uma
vida normal devido a todas as situações que viveu, assistiu e presenciou, mas
nunca perdeu a esperança de um dia conseguir sair daquele lugar. Assim, passou
nove anos esperando pela oportunidade de fugir quando, um dia, um assassino
americano chamado Victor aparece para fazer um trabalho para Javier e se torna
sua única chance de escapar daquele lugar e voltar aos Estados Unidos.
Bem, imagina a confusão que isso pode dar, né. Victor é um
assassino de sangue-frio que desde pequeno foi treinado para matar e servir A
Ordem. Sarai é alguém que busca pela tão sonhada liberdade e é capaz de fazer
tudo para tentar recupera-la. Quando ela entra no carro dele para tentar sair
dessa vida, seu destino muda para sempre já que passará a ser perseguida pelos
homens de Javier, que a quer de volta, e parece que o assassino de aluguel não
está nem um pouco feliz em ajudá-la a fugir. Além de tudo que precisa passar,
os instintos de Sarai começam a mostrar cada vez mais que ela talvez nunca mais
consiga viver normalmente em sociedade.
A trama vai se enrolando a partir da fuga da jovem e vai se
desenrolando de uma forma que os acontecimentos deixam o leitor bastante
envolvido na trama e querendo saber até que ponto Sarai é capaz de ir. Os
capítulos são narrados em primeira pessoa e vão se alternando entre Sarai e
Victor conforme a história vai progredindo. Além disso, com o suceder da trama
vamos encontrando novos personagens, reencontrando outros e dando de cara com
alguns que talvez não sejam tão legais assim.
“ No final, você só pode confiar em si mesma. Eu não sou seu herói. Não sou sua alma gêmea que jamais deixará que algo de ruim lhe aconteça. Sempre confie em seus instintos primeiro e em mim por último”
A primeira coisa que chamou muito a minha atenção quando li
o livro a primeira vez, e que fez com que eu adorasse a história, é que tudo
foi construído de uma forma inteligente, com os pontos muito bem amarrados e de
maneira que quase tudo seja muito bem trabalhado ao longo do livro mesmo que
ele não seja muito longo. É interessante a forma como que por mais que Victor
seja um assassino, não saiba amar e tenha todas as características que aparenta
ter, ele ainda é um ser humano e um personagem que acaba te cativando e fazendo
com que você torça para que tudo dê certo no final para além. Mesmo que ele descubra
que ainda resta um bocado de humanidade dentro dele, ele não deixa de ser um
personagem sombrio e complexo. Então, não se deixe enganar pelos acontecimentos
porque existe muito mais a descobrir sobre o Victor nos próximos livros.
E falando sobre esse personagem em questão, lembrei que
gostaria de destacar que os personagens são incríveis e construídos de uma
forma que você se prende a história, você se prende a eles. Isso faz com que
você crie uma ligação e até entenda mais o lado dele. Dessa forma, por mais que
Sarai tenha passado por tudo que passou e tenha feito tudo que fez... você não
deixa de sentir compaixão e, as vezes, até um pouco de pena porque o leitor
entende que tudo que a personagem viveu contribuiu, de várias maneiras, para
que ela se tornasse quem se tornou. E isso é algo que a J. A. conseguiu fazer
isso com maestria nessa série.
Outro ponto que merece um destaque é como a Sarai vai
evoluindo ao longo do livro e, principalmente, ao longo da série (até agora só
foram publicados três livros no Brasil, mas ao todo a J. já lançou seis - e
todos ótimos, diga-se de passagem). Acho que talvez a personagem choque um
pouco a todos até mesmo por tudo que ela passou, tudo que aguentou e vivenciou,
mas, de certa forma, a maneira como ela vai lidando com os acontecimentos,
aceitando quem ela é e lutando por uma vida, por um caminho, acabam chamando
atenção e faz com que o leitor termine o livro entendendo como ela desenvolveu
certos instintos e como ela passa a reagir a certas situações. E é juntando
tudo isso que faz com que eu termine o primeiro livro achando a Sarai uma
personagem fascinante e, de alguma maneira, incrível do seu jeito. Conforme a
história vai acontecendo, nós vemos como ela é uma pessoa forte e como a vida
dela nunca foi algo próximo do normal mesmo que não tenha sido abusada ou
maltratada como outras meninas do Javier foram. Entretanto, isso não faz com
que ela seja menos sofrida e, na minha opinião, acaba contribuindo de alguma
forma para que ela seja forte e uma personagem bem marcante, que vai decidir o
que quer e fazer o que quer.
“- Ninguém é inocente - digo com rispidez, surpreendendo até a mim mesma. - Eu muito menos. "
Enquanto isso, Victor é um personagem durão – como já citei
antes -, mas um humano que parece que quando ajuda a Sarai acaba se lembrando
disso. Ele acaba se envolvendo mais do que devia com a garota e, acima de tudo,
enxergando aquilo que talvez nós, os leitores, possamos demorar um pouco para
perceber: que a Sarai não é mais uma pessoa comum, alguém capaz de viver
normalmente em sociedade; ela desenvolveu um instinto tão forte quanto o dele e
isso é um prato cheio para a história e para os próximos livros. Além disso, há
sim um envolvimento amoroso, mas romance não é o foco do livro e como a própria
autora aponta: essa não é uma história de amor. Talvez aquilo nem seja um
sentimento propriamente dito, como a Sarai mesmo diz no livro, e esse é outro
ponto que chamou minha atenção e merece ser lembrado aqui nessa resenha.
Eles são OTP? São. Eles fazem com que a gente torça pra
ficarem juntinhas? Fazem. Entretanto, eles são duas pessoas marcadas por certos
acontecimentos, moldadas por esses acontecimentos também e com instintos que
podem ser pra lá de assustados, pra mim. Tem um pouquinho de envolvimento
amoroso sim, mas não acho que chegue a ser um romance ou que ele estrague o
livro. Na verdade, ele torna a história um pouco mais interessante e, se você
continuar lendo a série vai perceber, que ajuda a desenrolar mais a história lá
pra frente e faz com que algumas tramas se tornem bem interessantes. Apesar de
tudo isso, não acho que esse “relacionamento” seja daqueles clichês e romances
que geralmente vemos nos livros, mas cada um com a sua opinião. E a própria
autora faz questão de ressaltar isso no twitter ou nos fóruns de debate sobre a
história: não é sobre amor e traições podem acontecer a qualquer momento.
“ – Ela já está tão anestesiada para o que é normal que talvez nunca consiga levar uma vida normal. Ela sabia que eu estava provando a comida dela porque você queria ter certeza de que não estava envenenada, mas isso não a abalou. Ela se sentou à mesa conosco, devorando aquele almoço como se fossemos uma simples família de três pessoas fazendo o lanche da tarde em um bairro residencial.”
No mais, o livro não é muito extenso, não enrola e é bem
gostosinho de se ler. A escrita da J. A. Redmerski é fluida, envolvente e que
quando você percebe.... já tá no final da história, querendo o segundo e com
aquele gostinho de quero mais. E eu
espero que você realmente fique com esse gostinho de quero mais porque, na
minha opinião, os livros são melhoram com o passar do tempo e o desenrolar da
série. Assim, fica difícil eu não dar cinco estrelas para esse livro, colocar
ele na minha listinha de favoritos e virar fã da autora. Talvez essa seja a
resenha mais diferente que escrevi aqui, mas eu precisava compartilhar com
vocês um pouco desse meu amor por essa série. Espero que vocês gostem ou pelo
menos deem uma chance para esse livrinho 💜
Por @Larissa
Nenhum comentário:
Postar um comentário